Em meio à programação do II Fórum Social Mundial – ocorrido de 31 de janeiro a 5 de fevereiro de 2002, na cidade de Porto Alegre, – foi realizado um Tribunal Popular para julgar as dívidas externas de países do sul. O ativista argentino e vencedor do prêmio Nobel da Paz de 1980, Adolfo Pérez Esquivel estava entre os apoiadores da iniciativa. Ao todo, o julgamento teve três sessões e contou com os seguintes juízes:
· C.P. Chandrasekhar: intelectual indiano;
· Nora Cortinas: militante argentina do movimento Mães da Praça de Maio;
· Nawal El Saadawi: escritora egípcia;
· Dumisa Ntsebeza: advogado e ativista político da África do Sul
· Loretta Rosales: política e ativista de Direitos Humanos das Filipinas;
· Demétrio Valentini: bispo brasileiro.
Eles foram unânimes na decisão que considerou a dívida externa dos países do Sul ilegítima, injusta e insustentável ética, jurídica e politicamente. No veredito, eles culpabilizaram os bancos, as corporações transnacionais, os governos dos Norte, o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e outras instituições financeiras internacionais por promoverem medidas que subalternizavam as nações empobrecidas.